13 de abril de 2013


O CASAMENTO BÍBLICO

Texto Áureo: Gn. 2.24 – Leitura Bíblica: Gn. 1.27-31; 2.18-24

 INTRODUÇÃO
As Escrituras ensinam que homem e mulher foram feitos à imagem de Deus (Gn 1.27). Após Deus formar o homem (Gn 2.7), formou também a mulher (v.22). Essa foi a segunda grande decisão divina no tocante à existência da humanidade.
Deus uniu o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raca humana, mas para a formação do casal e, consequentemente, de toda a família.

1. BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS
Um dos objetivos principais daqueles que se opõem ao padrão bíblico para o casamento, é descredenciar a autoridade da Bíblia. Para tanto, afirmam que a Bíblia não passa de um livro humano, e que, por isso, é produto da cultura e de uma época. Por conseguinte, tentam inculcar na sociedade que os valores exarados nas Escrituras não mais se aplicam aos dias atuais. É muito comum ouvir expressões tais como “papel cabe tudo”, ou “a Bíblia é a palavra de homens”. No entanto, uma análise criteriosa da Bíblia mostrará que ela apresenta consistência interna e externa que comprava que se trata de Palavra de Deus, não apenas de homens. A Bíblia não é apenas um livro, mas uma biblioteca – bíblia, plural de livros em grego, composta de 66 livros, sendo 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Os textos foram escritos por homens, ao longo de 1.500 anos, a divisão em capítulos e versículos foi feita no século XV d. C. A Bíblia, ainda que tenha sido escrita por humanos, não é exclusivamente humano, pois, conforme aponta Pedro, ela foi inspirada por Deus (II Pe. 1.20,21). Paulo assegura que toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é divinamente inspirada, theopneustos em grego, isto é, soprada por Deus (II Tm. 3.16,17). Por conseguinte, ela é proveitosa, é útil para revelar os desígnios de Deus, e principalmente, para sua santificação em Jesus Cristo. Tudo o que foi escrito nas Escrituras tem um propósito, Deus, Aquele que inspirou os autores humanos, assim o fez para a edificação do Seu povo (Rm. 15.4; I Co. 10.11). Por isso a Bíblia deve ser amada e estudada por todos aqueles que professam a fé cristã (I Pe. 3.15; II Tm. 2.15; Is. 34.16; Sl. 119.130). A principal razão para considerar a Bíblia é que o Senhor Jesus lhe conferiu autoridade (Jo. 7.17), tendo em vista que as Escrituras testificam a respeito dEle (Lc. 24.44). Mas é preciso que a Bíblia seja interpretada apropriadamente, atentando para o texto e o contexto, com discernimento espiritual (I Co. 2.14), reconhecendo também nossas limitações (I Co. 13.12).

2. A COSMOVISÃO HUMANA SOBRE O CASAMENTO

O pressuposto daqueles que defendem modelos diferentes de casamento, conforme já apontamos anteriormente, é o de que a Bíblia é um livro meramente cultural, por conseguinte, pode ser questionado. A cultura, de fato, é uma produção humana, e, em sua vertente antropológica, não existem culturas superiores ou inferiores, todas elas são diferentes. A Bíblia também está repleta de aspectos culturais, costumes que variaram de geração para geração. No entanto, há princípios da Bíblia que são supraculturais, isto é, estão para além das culturas locais, e transculturais, podem ser aplicados em todas as culturas, pois a Palavra de Deus é eterna, viva e eficaz (Ml. 3.6; Hb. 4.12). As propostas de casamento, ou contratos que tramitam nas legislações humanas, estão fundamentadas na cosmovisão humanista. O fundamento não é a Bíblia, mas a filosofia pós-moderna, que se sustenta no princípio relativista – não existe verdade, apenas vontade de verdade. Os defensores do casamento poligâmico, homossexual e dissolúvel não têm compromisso com a verdade bíblica, justamente porque não acreditam que ela seja a verdade. Os países que adotaram modelos alternativos, diferenciados da Bíblia, para o casamento, são aqueles que podem ser categorizados como pós-cristãos. O Brasil ainda é considerado um dos principais países cristãos do mundo, mesmo que muitos dos que são contabilizados como cristãos não passam de nominais. Por isso, mesmo aqueles que se dizem cristãos, por desconhecerem a Bíblia, apoiam projetos e propostas legislativas para o casamento que nada têm de bíblicas. Aqueles que professam a fé em Cristo, e que são verdadeiramente cristãos, por conhecerem as Escrituras, que não podem se afastar dos padrões bíblicos para o casamento.

3. O CASAMENTO BÍBLICO
O princípio fundamental do casamento bíblico é o de que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornado homem e mulher, uma só carne (Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. A natureza pecaminosa, carnal, impulsionou os primeiros homens à bigamia e poligamia (Gn. 4.18; 5.25), que resultou em invejas e intrigas (I Sm. 1.4-8). Os patriarcas, que optaram pela poligamia, pagaram um custo alto pela decisão (Gn. 29.21-23; 28-31; 30.1-10), bem como os reis de Israel (I Rs. 11.4.7-9). No Novo Testamento, tanto Jesus quanto Paulo foram contundentes  quanto à proibição da poligamia (Mt. 19.3-6; I Co. 7.1,2), não permitindo que essa fosse uma prática comuns entre os cristãos, especialmente entre aqueles que atuam no ministério pastoral (I Tm. 3.2,12). A heterossexualidade é outro aspecto do casamento cristão, já que Deus criou “macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na religião judaica, o homossexualismo deveria ser punido com a morte, sendo este considerado uma abominação aos olhos de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a prática homossexual no contexto cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo (Rm. 1.26). Mas isso não deve ser motivo para homofobia, não podemos esquecer que Jesus ama a todos, inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por eles, e conduzi-los à verdade, que é Cristo. Não podemos esquecer que todos pecaram (Rm. 3.23), não apenas os homossexuais, e que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna (Rm. 6.23). O casamento cristão deve ser indissolúvel, portanto, não separe o homem o que Deus ajuntou (Mt. 19.6). Leis e mais leis estão sendo criadas pelas autoridade a fim de favorecer o divórcio, mas os cristãos seguem o princípio bíblico para o casamento, por isso, independentemente das leis humanos, optam por obedecer antes a Deus do que aos homens (At. 5.29).

CONCLUSÃO
Vivemos em uma cultura pós-moderna, e pós-cristã, que nega o Absoluto, e defende o relativismo. Diante desse contexto, nós, os cristãos, precisamos nos fundamentar na doutrina bíblica. No que tange ao casamento, o modelo bíblico é o monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Não podemos, enquanto cristãos comprometidos com a Palavra, fazer concessões. Os modelos humanistas, que estão sendo admitidos na sociedade contemporânea, têm fundamentação na filosofia, não na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.

BIBLIOGRAFIA
ADAMS, J. E. A vida cristã no lar. São Paulo: Fiel, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal-REVISTA CORRIGIDA
KOSTENBERGER, A. J. JONES, D. J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2011
Lições Bíblicas-CPAD 
Blog-Subsídio EBD  www.subsidioebd.blogspot.com.br .13 de Abril de 2013 às 12:18




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