LIÇÃO 4
INTRODUÇÃO
I. O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
II. DONS DE CURAR (1 Co 12.9)
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
I. O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
II. DONS DE CURAR (1 Co 12.9)
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
CONCLUSÃO
OS DONS DE PODER
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé.
“Outro” (gr. heteros) significa “outro de um tipo diferente”. Em outro lugar
nesta passagem, “outro” (gr. allos)
significa “outro do mesmo tipo”, por exemplo, outro crente (outro membro da
assembleia local reunida). Paulo pode estar usando, heteros aqui para marcar uma diferença nos dons antes e depois, em
vez de significar um tipo diferente de crente. Possivelmente, a palavra da
sabedoria e a palavra da ciência possam ser consideradas a comunicar luz e os
cinco dons seguintes, a comunicar poder – não à inteligência, mas à vontade. Ou
ele pode estar apenas lembrando aos coríntios que nem todos serão usados em
todos os dons. Ou pode ter colocado a palavra da sabedoria e a palavra da
ciência à parte, porque os coríntios também foram associados com a sabedoria e
a ciência natural, e precisavam destes dons de modo especial.
O dom da fé (1 Co 13.2) não é a
fé salvadora, mas deve ser considerado como um dom que vai ajudar ou beneficiar
todo o corpo local. Pode ser considerado como um dom especial da fé para uma
necessidade particular. Alguns o definem como “a fé que move montanhas”,
trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de Deus. Mas da
mesma maneira que a palavra da sabedoria é uma dotação específica de uma
palavra para satisfazer a necessidade de sabedoria, assim o dom da fé pode ser
uma dotação específica de fé para satisfazer a necessidade do corpo como um
todo (cf. o que Paulo fez no meio de uma tempestade [At 27.25]).
E a outro, pelo mesmo Espírito,
os dons de curar.
“Dons” e “curar” (curas) estão
ambos no plural em grego. Isto pode indicar que há vários dons para curar
vários tipos de doenças e enfermidades. Ou pode significar que o Espírito Santo
que usar uma variedade de pessoas para ministrar estes dons. Ou pode ter o
sentido de que os dons do Espírito não curam somente um item da doença ou
enfermidade, mas tudo o que esteja errado. Ele quer curar a pessoa
completamente.
Também nos informa que ninguém
pode dizer: “Eu tenho o dom de curar”, como se este dom pudesse ser possuído e
ministrado ao bel-prazer da pessoa. Cada cura necessita de um dom especial, que
é dado não à pessoa que ministra o dom, mas por meio daquela pessoa para o
indivíduo doente, de forma que Deus recebe toda a glória. Ele é quem cura (At
4.30).
Quando Pedro disse ao coxo à
porta Formosa: “O que tenho isso te dou” (At 3.6), “o que tenho” está no
singular em grego e significa que o Espírito deu a Pedro um dom específico para
o coxo. Pedro não tinha um reservatório de dons de curas. Ele tinha de receber
do Espírito um novo dom para cada pessoa a quem ele ministrava. Esta verdade
ainda permanecesse em nossos dias. Embora Tiago 5.14,15 nos diga que chamemos
os presbíteros da igreja, se isso não é possível, o Espírito Santo pode usar
qualquer membro do corpo para ministrar os dons de curas para o doente.
E a outro, a operação de
maravilhas.
“Operação de maravilhas” (gr. energēmata dunamenōn, “atividades da
operação de maravilhas” ou “das operações de milagres” – outra vez dois
plurais) sugere muitas variedades de milagres ou ações de poder grandioso e
sobrenatural. O termo energēmata é
muitas vezes usado para se referir à atividade divina (Mt 14.2; Mc 6.14; Gl
3.5; Fp 3.21) ou à atividade de Satanás (At 13.9-11). “A palavra grega
traduzida por ‘milagres’ (gr.sēmeion)
em João enfatiza seu valor de sinal para incentivar as pessoas a crer e
continuarem crendo. O livro de Atos ressalta a continuação dessa obra na
Igreja, mostrando que Jesus é vencedor.
Texto extraído da obra “I & II Coríntios: Os problemas da
Igreja e suas soluções”, Rio de Janeiro: CPAD.